Sinto-me só.
Não é uma solidão de ausências e sim uma solidão de semelhanças.
Ocupo-me em não demonstrar este vazio e convenço a platéia de que o espetáculo tem um final feliz.
Recebo alguns sorrisos e aplausos, outras vezes muitas vaias. Porém, gostando ou não a platéia sempre se faz presente.
Mas, no fechamento das cortinas, mesmo com todos ainda lá, vem esta imensa vontade de encontrar os meus, que foram dispersados por aí e que talvez nem sintam minha falta.
Se estiver realmente só, nem minhas lembranças existirão, só serei lembrada por aquilo que nunca fui.
Susana Urbano
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